O relevo da caatinga apresenta duas formações dominantes: planaltos e
grandes depressões. Como você já viu, são comuns fragmentos de rochas na
superfície do solo. Nas regiões mais altas, estes fragmentos também
existem. É comum olhar para planaltos nordestinos e ver em seus topos
grandes pedras, parecendo que irão rolar a qualquer momento! Mas fique
tranqüilo, pode passear pela caatinga sem medo, pois estas pedras são
normais no relevo deste bioma.
As depressões são terrenos aplainados, normalmente mais baixos que as
áreas em seu entorno e que podem apresentar colinas. As maiores
depressões da região são a Sanfranciscana, a Cearense e a do Meio Norte.
Situado nos estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e
Alagoas, o planalto da Borborema é uma formação que se destaca, com
altitudes variando em média entre 650 e 1000 metros. Em alguns pontos,
esta marca é ultrapassada: o pico de Jabre, na Paraíba, chega a 1.197
metros e o pico do Papagaio, em Pernambuco, a 1.260 metros.
O planalto é uma grande barreira para as nuvens carregadas de umidade
que vêm do oceano Atlântico em direção ao interior. Quando essas nuvens
encontram este "paredão", elas se condensam, provocando chuvas nas
regiões mais baixas do lado oriental do planalto, ou seja, o lado
voltado para o oceano. As nuvens não conseguem ultrapassar o planalto da
Borborema. Isto dificulta a ocorrência de chuvas do lado ocidental, que
é marcado pela seca. Este lado seco é o que faz parte do bioma
caatinga.
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